quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Dicas para quem tem enxaqueca



Fonte: http://sphotos-b.xx.fbcdn.net/hphotos-snc7/c0.161.403.403/p403x403/3909_341406789290206_1697659409_n.jpg 
A enxaqueca, também conhecida por migrânea, é um distúrbio neurovascular crônico e incapacitante, com base biológica que acomete as pessoas geneticamente predispostas.
Esse tipo de cefaleia primária pode ocorrer em qualquer idade, mas costuma manifestar-se mais em adolescentes e adultos jovens e afeta mais as mulheres do que os homens.
Em cerca de 15% dos casos, o quadro de dor é precedido (ou acompanhado) por uma aura premonitória que envolve sintomas neurológicos. Sua principal característica é o embaçamento da visão ou a presença de pontos luminosos, em zigue-zague ou manchas escuras nos períodos que precedem as crises dolorosas.
As pessoas que sofrem de enxaqueca com aura, especialmente as fumantes que fazem uso de pílulas anticoncepcionais, têm risco aumentado de sofrer acidentes vasculares cerebrais.
Causas
A enxaqueca é uma doença multifatorial, mas algumas de suas possíveis causas ainda continuam indefinidas.
No entanto, já se sabe que existem alguns gatilhos que podem desencadear as crises, tais como: jejum prolongado, estresse, insônia, chocolate, queijos fortes, embutidos, consumo excessivo de café e de bebidas alcoólicas, fumo, alterações hormonais, certos perfumes e o açúcar.
Sintomas
O sintoma típico da enxaqueca é uma dor latejante e pulsátil, geralmente unilateral, de intensidade moderada ou forte, acompanhada por náusea e vômitos, hipersensibilidade à luz (fotofobia), aos sons (fonofobia) e a certos odores (osmofobia), que se mantém de quatro a 72 horas e piora com o movimento.
Irritabilidade, depressão, agitação são transtornos de humor que podem estar associados às crises de enxaqueca, ou antecedê-las.
Diagnóstico
O diagnóstico é clínico baseado no levantamento da história familiar e nas queixas do paciente Para defini-lo, basta que a dor esteja acompanhada por três ou quatro dos sintomas acima enumerados.
Tratamento
O tratamento da enxaqueca leva em consideração as características da dor e a frequência das crises. O objetivo é suprimir os sintomas e evitar a incidência de novos eventos. Nos episódios agudos, os analgésicos comuns, eventualmente associados a outras drogas, podem representar uma solução eficaz contra a dor, especialmente se tomados assim que surgirem os primeiros sintomas. Pacientes que não respondem bem a esse esquema terapêutico podem recorrer aos triptanos, uma classe de drogas com mecanismo mais específico de ação.
No entanto, é preciso cuidado: o uso repetido desses remédios, o abuso de analgésicos e o aumento progressivo das doses necessárias para alívio da dor podem resultar num efeito rebote cujo resultado é o agravamento dos sintomas.
Já está comprovado que mudanças no estilo de vida e evitar os gatilhos que disparam as crises são procedimentos não farmacológicos indispensáveis para a prevenção da enxaqueca. Alimentação equilibrada, sono regular, prática de exercícios físicos, redução do consumo diário de cafeína, controle dos níveis de estresse são medidas que ajudam a diminuir a frequência e a intensidade das crises.
Recomendações
* Não pule refeições. Jejum prolongado é um dos principais fatores desencadeantes das crises;
* Evite alimentos e bebidas que possam provocar ataques de enxaqueca;
* Pratique exercícios físicos regularmente;
* Estabeleça horários para deitar-se e levantar-se e procure respeitá-los;
* Tente reservar algum tempo para o lazer. Relaxe. Não vai adiantar nada sofrer por antecipação.
Disponível em: http://drauziovarella.com.br/corpo-humano/enxaqueca-3/

Hipertensão durante a gravidez aumenta o risco de estágio final da doença renal

Notícia cadastrada no site Medcenter, publicado no Science Daily disponível em: http://www.medcenter.com/Medscape/content.aspx?id=40510

sábado, 27 de agosto de 2011

Beber água ajuda a emagrecer

 Shutterstock

Pesquisas revelam que beber dois copos de água antes de cada refeição é um bom auxílio para emagrecer, sobretudo para adultos acima de 55 anos.
 
A conclusão surgiu depois de experimentos conduzidos por doze semanas na Universidade Técnica de Virgínia, na cidade de Blacksburg, nos Estados Unidos. Neles, indivíduos acima do peso e obesos – todos com idade entre 55 e 75 anos – foram divididos aleatoriamente em dois grupos com quantidades abundantes de água a serem tomadas durante todo o dia. Metade era instruída a beber dois copos do líquido antes das três leves refeições diárias, enquanto a outra não recebia qualquer instrução de como ou quando ingerir.
 
O resultado, exposto no site Discovery News, confirmou o que já era esperado pela equipe: as pessoas que rigorosamente beberam água antes das refeições perderam 44% mais massa corporal do que as outras. Isso representaria cinco quilos a menos em três meses.

Segundo os cientistas, a razão para o emagrecimento é física. O consumo de água antes da refeição pode fazer com que as pessoas se sintam saciadas e consumam menos calorias logo em seguida. Tal efeito é ainda mais sentido em adultos mais velhos, pois o trato gastrintestinal se esvazia mais lentamente à medida que envelhecemos, fazendo com que a água provoque uma sensação de saciedade mais duradoura em idosos.

Ainda assim, os cientistas da Universidade Técnica de Virgínia dizem que uma grande quantidade de água pode ser um bom auxílio para dietas de pessoas de todas as idades e biótipos. Entre os motivos, está o fato de que o consumo de água faz com que o corpo produza mais calor, aumente o metabolismo e, por conseguinte, queime mais calorias. Outro fator é que, com mais água ingerida, menor é a probabilidade de a pessoa beber outros líquidos calóricos como refrigerantes e sucos industrializados.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Quando o medico vira paciente

Para quem foi treinado para tratar e prevenir doenças, ver-se na mesma situação de seus pacientes é uma situação difícil. Mas a experiência pode ter como resultado uma mudança positiva na forma de ser médico

Por Cristina Almeida | Fotos Danilo Tanaka


 
O que eu aprendi com o meu medo do câncer? Esse foi o título de uma matéria de capa publicada pela revista Time, na segunda quinzena de junho de 2011. O protagonista da história era o médico Mehmet Oz, ou o Dr. Oz, conhecido por suas aparições no programa da apresentadora americana Oprah. A reportagem é um depoimento sobre como ele enfrentou o diagnóstico da existência de pólipos em seu intestino, a colonoscopia, o medo da biópsia, o comportamento esquivo para um segundo exame, além das questões relativas à comunicação do problema para a família. No final, Oz declara que todo o estresse que viveu durante esse processo é nada se comparado aos benefícios de uma atitude preventiva, que poderá garantir um futuro saudável, ao lado das pessoas que lhe são caras. "Algumas vezes isso demanda coragem... Não é fácil. Porém pode salvar sua vida", concluiu o especialista.
Mas seria possível que médicos, treinados para tratar doenças, sejam maus pacientes, isto é, resistam a um diagnóstico ou tratamento? Segundo Robert Klitsman, psiquiatra da Columbia University Medical Center (EUA) e autor do livro intitulado When doctors become patients [Quando médicos se tornam pacientes] (ed. Oxford), os médicos aprendem cedo que é necessário estabelecer uma hierarquia entre eles, seus pacientes e as doenças. Klitsman afirma que usar um jaleco, desde os primeiros tempos da faculdade, tem como efeito principal a crença de que ele possui poderes mágicos que repelem todo mal. Por isso, acreditam que nunca ficarão doentes. Apesar disso, vivenciar essas circunstâncias pode ser extremamente benéfico para a relação entre médicos e pacientes. Confira algumas histórias de vários especialistas e saiba quais foram as lições que eles tiraram dessas intensas experiências.


Hipertireoidismo
Entre as doenças que um reumatologista trata existem aquelas de natureza autoimune. E eu descobri que tinha uma desse tipo, o hipertireoidismo. Comecei a me sentir mal e resolvi fazer os exames por conta própria, os resultados foram positivos. Depois, fui a um especialista, que conduziu todo o tratamento. Como é comum nesses casos, tive que tomar cortisona. As consequências foram as restrições alimentares e físicas, além do inchaço e a fome intensa, um dos efeitos do remédio. A partir de então, passei a entender como meus pacientes se sentiam na mesma situação. Eu me preocupava quando ouvia no consultório as queixas deles, e insistia para que se esforçassem na aceitação das circunstâncias da doença e no controle do peso. Minha doença é crônica, e está sob controle graças à medicação que estou usando.
Cláudia schainberg, professora de reumatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de são Paulo (FMUSP.)
Dor aguda
No meu caso, vivenciei um quadro de dor aguda, que teve como causa desencadeante dois procedimentos cirúrgicos. Um deles foi nos ombros e o outro, um refluxo gastroesofágico. Toda lesão de tecidos tem como consequência a dor e a primeira semana do pós-operatório foi muito difícil. Mesmo em repouso, eu não sentia alívio. Ter sido paciente nessas situações não foi complexo. Sou muito zeloso com meus pacientes, e sempre tive um cuidado especial com suas queixas. Jamais me neguei a receber um telefonema, nem desprezei uma preocupação. Ser um paciente, em curto espaço de tempo, ativou a crítica, pois fui capaz de perceber o grau de atenção que deve ser dispensado.
Dr. Claudio Corrêa, coordenador do Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital 9 de Julho.


10 diagnósticos para ficar com a saúde em dia
1. Glicemia (glicose): Analisa os níveis de açúcar no corpo e indica o diabetes.
2. Colesterol: Checa os níveis de gordura e, com isso, consegue acusar determinadas doenças que podem dar origem a infarto, insuficiência cardíaca e também AVC.
3. Triglicerídeos: Encontra gordura na corrente sanguínea e pode evitar que apareçam doenças cardíacas, pancreatite e também síndrome metabólica.
4. TSH (hormônio tireoestimulante): Pode indicar hipotireoidismo e hipertireoidismo.
5. Hemograma: Constata alguns males como anemia, policitemia e leucemia.
6. Creatinina: Indica a presença ou não de possíveis doenças renais.
7. Urina Tipo 1 (EAS): Analisa o estado geral dos rins e indica infecção urinária e diabetes.
8. Potássio: Níveis alterados causam distúrbio da atividade elétrica do músculo do coração, o que pode provocar arritmias e até mesmo uma parada cardíaca.
9. Ácido úrico: De acordo com o ácido úrico, indica gota e cálculo renal.
10. TGP: Aponta doenças como cirrose, hepatites e câncer de fígado.



Câncer de próstata

Sempre estive atento aos exames preventivos, os quais fazia regularmente com meu urologista, até que ele identificou um nódulo e solicitou uma biópsia. Claro que me sentia preocupado, pois tinha consciência dos riscos da doença, mas enfrentei todos os procedimentos com tranquilidade. Após 45 dias do diagnóstico, fiz a cirurgia, e o prognóstico foi muito bom. Passados dois anos e meio desse evento, faço exames semestralmente, e assim seguiremos até que completem cinco anos da intervenção. A experiência influenciou minha relação com os meus pacientes: não em razão da cirurgia em si, mas pelo médico que me assistiu. Foi ele que me lembrou que é preciso olhar para o paciente com compaixão, conceito que, para mim, também engloba a solidariedade, sem que exista alguma diferença entre uma parte e outra. A lição que fica é que prevenir é sempre melhor do que curar.
Rubens de Barros, cirurgião cardíaco da Santa Casa de Misericórdia de Marília.
Acidente Vascular Cerebral (AVC)
Numa manhã, acordei sentindo um leve formigamento na parte esquerda da face e da língua, mas achei que era um mal-estar passageiro. Os sintomas avançaram e tomaram todo o lado esquerdo do corpo. Comecei a ver as imagens duplicadas. O que se seguiu foi um autodiagnóstico de AVC. O curioso é que, sendo neurologista, esse é o tipo de problema com o qual lido diariamente. Desta vez, era eu quem estava vivenciando as queixas dos meus pacientes, incluído o medo. Meu maior receio eram as outras possibilidades que poderiam explicar os sintomas, como um tumor ou um surto de esclerose múltipla. Depois de fazer uma ressonância, o resultado indicou um pequeno AVC na região do tronco cerebral. O tratamento indicado nesses casos é medicamentoso, e o meu não foi diferente. Hoje, penso que me tornei bem mais tolerante com as demandas da prática médica.
Dr. Ricardo Afonso Teixeira, neurologista do Instituto do Cérebro de Brasília (IBC).

Obesidade/Cirurgia bariátrica
Apesar de ter um histórico de obesidade familiar e pesar 211 kg, eu me sentia protegido de todos os males. Mas isso só até a noite em que acordei passando mal e tive um sangramento pelo nariz. Eu sabia que era sinal de elevação súbita da pressão arterial e me assustei. Há anos que não fazia uma visita médica e, por isso, a maioria dos exames tiveram resultados alterados. Sempre fui muito cético em relação à cirurgia bariátrica em razão de seus riscos, mas percebi que eu tinha mais passado do que futuro. Me submeti à cirurgia, mas fui um paciente negligente.
As complicações apareceram. Como eu não tomava remédios para controle da acidez, desenvolvi uma úlcera. Essa condição levou ao desfazimento da cirurgia. Eu e minha cirurgiã decidimos fazer nova intervenção, que, no final, foi bastante delicada. Após a experiência, o que eu mais desejava era ser um médico como minha médica foi para mim. A lição que fica é que precisamos sair do banco do motorista e virar passageiros. É preciso se colocar no lugar do outro.

Dr. Emilton Lima Júnior, cardiologista da Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).